Odilo Balta / jornalcorreiodosul@terra.com.br
Fonte: Midiamax News
O Governador de Mato Grosso do Sul, Eduardo Riedel (PSDB), comentou sobre os bloqueios do movimento MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra) e que a responsabilidade da reforma agrária é do Governo Federal.
Segundo ele, o movimento usa desses artifícios para provocar o diálogo com as esferas federais e que não vai permitir que sejam utilizados no Estado. Desde domingo (27), os movimentos fazem bloqueios em rodovias estaduais e federais no Estado.
“Nós não vamos aceitar aqui no Estado, porque impacta a vida de outras pessoas. É inaceitável hoje ter uma rodovia federal com 10 quilômetros de engarrafamento, carga parada, gente parada, aluno parado, ambulância parada”, diz.
“Isso nós não vamos permitir. Invasão de propriedade privada, nós não vamos permitir. Não tem nada a ver com a agenda e a pauta da reforma agrária”, complementa. Riedel ainda afirma que o assunto gera “retórica política, dentro da Assembleia e fora da Assembleia”.
“[…] E tudo bem, faz parte do processo, mas, do ponto de vista objetivo direto, a reforma agrária é uma política do Governo Federal. Podemos ser parceiros, ajudar; se tiver qualquer articulação que a gente possa fazer, nós vamos fazer. Agora, a maneira pela qual essa instituição utiliza para fazer o diálogo com o governo federal e provocar isso, nós não vamos aceitar, porque a sociedade não aceita mais”, garante.
Pautas do PT
O governador defendeu a atuação da bancada petista na Alems — que se envolveu em discussão durante sessão na terça-feira (29) com deputados do PL —, assim como resguardou os integrantes do PT que atuam na sua gestão.
“‘Ah, mas o PT está numa agenda lá na Assembleia Legislativa contra o Governo do Estado porque desmobilizou invasões ou bloqueio de estrada’. Isso é um direito deles. E eu não vou pedir para as pessoas que estão no governo saírem porque elas estão fazendo um bom trabalho. São coisas distintas”, diz.
Movimentações políticas
Riedel também comentou sobre as recentes movimentações políticas, como a Federação formada pelo PP e União Brasil, o União Progressista, e as tratativas da fusão do PSDB e Podemos.
Entretanto, afirmou que só vai entrar nas discussões sobre as próprias movimentações após o Carnaval de 2026.
“Eu falei para vocês que só depois do Carnaval de 2026 é que eu vou discutir se eu vou ser candidato, não vou ser candidato. É um ano importantíssimo para o Mato Grosso do Sul; tem muita coisa acontecendo. Agora, é natural essa movimentação partidária, que está dentro do escopo da reforma política brasileira”, reforça.
Além disso, adiantou que o PSDB também está tratando com o Republicanos. “PSDB, Podemos e o Republicanos são aliados. Assim como PP e União são aliados dentro dessa ação política de governo”, ressalta Riedel.
Fonte midiamax.com.br